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Rede de carregamentos pública cada vez mais completa. E mais potente.

Rede de carregamentos pública cada vez mais completa. E mais potente.

Ficaram definitivamente para trás os tempos em que a nossa rede de carregamentos pública (Mobi.E) era deficitária. Só em 2021 cresceu 65%, tornando Portugal no quatro país da Europa com mais postos por 100 quilómetros de estradas.

Dois dos maiores (e mil vezes repetidos) receios de potenciais compradores de veículos elétricos eram a limitada autonomia da bateria e uma rede de carregamentos deficitária. E ambos tinham razão de ser. Se é verdade que, hoje em dia, qualquer veículo elétrico novo tem uma autonomia que ultrapassa facilmente os 200 quilómetros — que se estende aos 500, 600 ou mesmo 700 nos modelos do segmento superior — até há uma mão cheia de anos a autonomia pouco passava dos 100 quilómetros. Manifestamente insuficiente para fazer a deslocação Lisboa-Porto sem paragens, distância que era uma espécie de medida padrão para  se concluir que comprar um carro elétrico era uma loucura. No mínimo, um risco.

O mesmo era válido para a rede carregamento. Lançada em 2010, a rede pública Mobi.E não teve um crescimento fácil. Os carregamentos eram grátis, mas havia poucos postos e, sobretudo, concentrados nos grandes centros. E os que havia nem sempre funcionavam. Tudo mudou nos últimos anos, esvaziando por completo estes receios junto dos potenciais compradores. Não só a autonomia dos veículos cresceu, como a rede melhorou de forma significativa, essencialmente a partir 1 de julho de 2020, com a entrada na fase plena de mercado, dando origem a verdadeiro um boom de postos, mesmo em tempos de pandemia.

Os números comprovam-no. Em 2021 registou-se um aumento de 65,5% de postos de carregamento relativamente ao ano de 2020, passando de 1417 para 2360. O ritmo de instalação médio foi de 18 postos de carregamento por semana — ritmo que se mantém elevado em 2022 fazendo com que, ao dia de hoje, sejam já mais de 2500.

Cresceu oferta e diminuíram as assimetrias, existindo agora postos em 302 municípios, valor que representa, segundo a própria Mobi.E, uma cobertura geográfica superior a 98%. O aumento de potência dos carregadores foi outra das melhorias, mais 117% de postos com potência superior a 22 kWh do que em 2020, permitido assim disponibilizar uma potência de 106,1 MW no total da rede — cerca de 1,5 vezes superior aos níveis exigidos pelo futuro pacote legislativo da União Europeia. Refira-se que os carregadores de maior potência são especialmente importantes, uma vez que aproximam os tempos de carregamento das baterias dos automóveis elétricos ao abastecimento de um veículo convencional. São também cada vez mais os postos nas estações de serviços das auto-estradas. 

Portugal está na linha da frente a nível europeu

Se dúvidas ainda houvesse sobre a qualidade da nossa rede, um recente estudo da ACEA — Associação Europeia de Construtores Automóveis — veio ajudar a desfazê-las, ao concluir que Portugal é o quarto país com mais postos de carregamento por 100 quilómetros de estrada. A associação alerta que há ainda um longo caminho a percorrer a nível europeu — de entre os 27 membros da União Europeia dez não chegam a ter um carregador elétrico por 100 quilómetros de estrada e 18 têm menos de cinco pontos de carregamento — mas garantem que Portugal está no bom caminho, afinal trata-se de um dos quatro países com mais de dez carregadores (14,9) por 100 quilómetros de estrada. O primeiro lugar pertence aos Países Baixos, que conta com mais de 47 carregadores por 100 quilómetros de estrada, o Luxemburgo surge em segundo lugar, com 34,5, e a Alemanha em terceiro — com 19,4.

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