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Lítio: a chave para a transição energética passa por aqui

Lítio: a chave para a transição energética passa por aqui

Portugal tem das maiores reservas de lítio da Europa, com cerca de 60 mil toneladas.

O que é?

É um metal alcalino, o mais leve de toda a tabela periódica. Macio, inflamável e reativo, tem uma cor prateada — cinza azulado quando em contacto com o ar e a água — e que fica em pó de cristal branco-sujo depois de transformado. Não existe na natureza em estado puro, sendo encontrado na maioria das vezes na condição de composto químico iónico. É a partir desses compostos que se obtém, com recurso a químicos, o hidróxido ou o carbonato de lítio.

Para que serve?

Longe vai o tempo em que o lítio era, sobretudo, utilizado na medicina — sob a forma de comprimidos de carbonato de lítio — aplicado em pessoas com transtorno bipolar. A música “Lithium”, dos Nirvana, faz alusão a essa realidade. Hoje em dia, a sua utilização disseminou-se a nível industrial, dos quais as baterias dos telemóveis, computadores e dos veículos elétricos são os exemplos maiores, graças às suas características de excelente condutor de energia térmica e de eletricidade. Sendo a transição energética uma necessidade e uma inevitabilidade, o lítio será uma das chaves desta transição, levando por isso a que este mineral seja tantas vezes apelidado de “ouro branco” ou “petróleo” branco. Não só pode ajudar à mudança de paradigma e ajudar à sustentabilidade ambiental, como fazer crescer a encomia e aumentar o número de postos de trabalho.   

Por que é polémico?

Se este mineral pode levar à mudança de paradigma energética o que leva então a que as associações ambientais e uma franja da população continue a manifestar alguma resistência quanto à sua exploração? A exploração, precisamente. O lítio em si não é perigoso — em estado bruto não é reativo ao ambiente, ao ar, ou à água, não contamina — problema é o seu método de extração (em galerias subterrâneas e a céu aberto), que obriga ao uso de grandes máquinas industriais e poderá ter consequências diretas na paisagem, nos recursos hídricos, na qualidade do ar, flora e fauna locais. O ponto de equilíbrio passa por minimizar o mais possível esses impactos, de forma a evitar alguns dos erros do passado.

Onde se encontra?

Estavam identificadas oito áreas com potencial de exploração de lítio em Portugal, mas dois deles — Arga (Caminha) e Segura (Castelo Branco) — foram excluídos pela Avaliação Ambiental Estratégica. São agora seis as zonas para as quais serão lançados concursos públicos de prospeção: Seixoso-Vieiros, nos concelhos de Fafe, Celorico de Basto, Guimarães, Felgueiras, Amarante e Mondim de Basto); Massueime, em Almeida, Figueira de Castelo Rodrigo, Pinhel, Trancoso e Meda; Guarda-Mangualde (blocos N e S), em Belmonte, Covilhã, Fundão e Guarda; Guarda-Mangualde (bloco E), que abrange Almeida, Belmonte, Guarda e Sabugal; Guarda-Mangualde (bloco W), que engloba Mangualde, Gouveia, Seia, Penalva do Castelo, Fornos de Algodres e Celorico da Beira; e ainda Guarda-Mangualde (bloco NW), nos concelhos de Viseu, Satão, Penalva do Castelo, Mangualde, Seia e Nelas.

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